ELEIÇÕES 2024 – A VISÃO DO PREFEITO ALUÍSIO SOUSA

Na segunda reportagem sobre as eleições 2024 em Açailândia, A visão do Prefeito, Aluísio Silva Sousa na contribuição do desenvolvimento de alguns setores e o desafio dos vereadores na identificação com o seu eleitor.

Por Jorge Quadros

Supervisão de conteúdo: Valdo Vale

O quê e como analisar as perspectivas políticas para os próximos anos de uma cidade que ainda é uma criança e que teve seu apogeu econômico muito cedo, subindo ao patamar de cidades como Imperatriz e a própria Capital do Estado, mas que depois teve que descer as escadas por causa das desinstalações de suas empresas siderúrgicas e a demora em encontrar outros caminhos tanto no mercado interno quanto externo.

A História de Açailândia se confunde com tantas outras, mas aqui, especificamente, tem uma peculiaridade: a instabilidade política que se estabeleceu durante muito tempo.

Por ser tão jovem e sem um cordão umbilical que pudesse se agarrar com todas as forças da sua idade, a cidade teve que amargar páginas de entreveros entre personagens políticos que causaram estragos imensos ao desenvolvimento econômico, político e social. Entretanto, é bom que se diga que, paralelamente a isso, o aprendizado foi enorme.

As mudanças começam a acontecer desde o primeiro dia de sua emancipação, porém, ao longo dos anos e com crescimento desordenado seja no aspecto infra estrutural, como também cultural, os modelos de gestão não deram muito certo, com as raras exceções, por causa não apenas do pensamento contraditório, mas pela falha em suas execuções. A cadeia de empregabilidade pública para ‘pagar’ compromissos eleitorais, acabaram por atormentar os recursos públicos, já minguados, que soterraram por muito tempo o seu desenvolvimento.

Até que…. um dia, um político que foi eleito por cinco vezes como vereador, assumiu o cargo de vice-prefeito, prefeito e reeleito para o cargo com a perspectiva de fazer mudanças significativas. A princípio, sem muito jeito ou conhecimento administrativo profundo, o que se viu foi um homem querendo fazer a diferença, deixar seu nome cravado nos anais da História e mostrar que podia dar o ponta-pé inicial para equacionar alguns problemas crônicos.

Mas, ao iniciar sua segunda gestão não imaginou, nem nenhum ser vivo destas plagas, que o mundo seria atingido no peito com uma pandemia que ceifou a vida de muitos povos.

Em Açailândia, o prefeito Aluísio Sousa, que tentava tomar pé da situação e fazia ‘figa’ para resolver questões simples e complexas, montar uma equipe forte e competente tecnicamente teve seu primeiro teste de fogo: deixar instalar em seu município um Hospital de Campanha para combater a Covid-19. A grita geral tomou conta de grande parte da população. Ele foi firme em sua posição. Reuniu empresários, políticos, governo do Estado e iniciativa privada. Convocou a imprensa e chamou para si a responsabilidade. Uma medida acertada! Várias vidas foram salvas.

O município passou a ser visto com outros olhos. Aluísio Sousa começou a ser respeitado como prefeito. Muitos políticos se aproximaram do gestor e hipotecaram sua confiança. O seu grupo político aumentou e sua responsabilidade se multiplicou. Não obstante, o mapa do desenvolvimento começou a ser redesenhado. Nada melhor que a estabilidade política de uma cidade para que ela comece a ser visitada por pequenos, médios e grandes empresários. O conjunto da obra estava sendo discutido em bloco, apesar de alguns ainda se sentirem isolados.

Mas, experiente como vereador e neófito como gestor, Aluísio foi gradativamente impondo seu ritmo de trabalho e se superou em vários aspectos. O que muita gente acha é que uma gestão só pode ser avaliada pelas obras físicas. Nesse bojo estão educação, saúde, lazer, meio-ambiente, indústria e comércio e outras tantas medidas que devem ser tomadas de forma planejada e contínua.

No ‘frigir dos ovos’ e às vésperas de uma nova eleição, quando se tem que pensar na formatação de uma nova gestão, pelo menos com índices elevados de aceitação pública, Aluísio pode comemorar um feito importante: foi o gestor que, apesar de uma pandemia que tirou muita gente do nosso convívio, vai deixar muitas obras importantes.

As mudanças são significativas. O que falta é o povo entender que uma gestão não se faz sozinho. É preciso que haja a contrapartida financeira com os pagamentos dos impostos e tributos por parte de quem, principalmente, cobra ações administrativas.

Já na Câmara de Vereadores, após um início turbulento da atual legislatura e das denúncias de gastos excessivos de dinheiro público, há uma calmaria momentânea. Os debates são e serão sempre salutares quando há respeito mútuo entre os pares. Os entreveros acontecem e sempre acontecerão durante as divergentes ideias. Porém, nos últimos tempos e, sem sobra de dúvidas, por causa das ações do executivo e ‘premiar’ seus aliados com a atenção devida dada aos requerimentos ora apresentados, mesmo que com a informação antecipada do feito, causou esta subsequente calma.

Agora, é a hora da ‘onça beber água’. E como o eleitor continua muito distante, aliás, anos luz de saber o que acontece nos anais da Câmara, ficará para aqueles mais experientes e para alguns novos, a incumbência de mostrar que fez por merecer os votos que receberão no próximo mês de outubro.

O eleitor deste ou daquele, incluindo-se as mulheres, neste mar de incógnitas deve ser identificado às vésperas das eleições, salvo alguns familiares ou amigos e correligionários que votam pelo fato de exercer sua cidadania. Outros tantos, e em menor número, pelas benesses que receberam durante o exercício do mandato. Como diz um grande narrador de fight: “É chegada a hora de separar os homens dos meninos, as mulheres das meninas”. A experiência vai contar muito, mesmo que aqui ou ali surjam novos nomes nesta seara.

NA PRÓXIMA EDIÇÃO: O desafio do próximo gestor na condução e aplicação de uma politica ambiental que privilegie a criação de mais espaços verdes e preservação dos riachos que cortam a cidade.

Jorge Quadros é Escritor e Diretor da Rádio Marconi FM de Açailândia-MA

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