Yanny Brena, vereadora de Juazeiro do Norte, tentou se separar do namorado, antes das mortes, mas sofreu resistência por parte dele. Conforme conclusão das investigações, Rickson Pinto matou Yanny e, em seguida, se suicidou.
A vereadora Yanny Brena Alemcar foi morta porque o namorado, Rickson Livio Pinto, não aceitava o fim do relacionamento, conforme Márcio Gutiérrez, delegado geral da Polícia Civil, em entrevista à TV Verdes Mares Cariri, afiliada da TV Globo, nesta quinta-feira (23). A conclusão das investigações aponta que o jovem de 26 anos matou a presidente da Câmara Municipal de Juazeiro do Norte, no Ceará, e depois se suicidou. Os corpos foram encontrados no dia 3 de março na casa onde moravam.
“A motivação, a Polícia Civil concluiu que era o fato que o Rickson não queria terminar. A Yanny já havia colocado um fim no relacionamento. Ele estava muito resistente, não queria aceitar o término da relação. Por isso, começou a ocorrer alguns conflitos entre os dois. No dia anterior, há os primeiros indicativos de lesão contra a Yanny”, comentou o delegado geral da Polícia Civil.
A Vereadora sofreu um golpe conhecido como “mata leão” do namorado, Rickson Pinto, quando foi assassinada, segundo conclusão do laudo da Polícia Civil apresentado nesta quinta-feira (23) em Juazeiro do Norte, onde houve o crime.
Ela foi encontrada ao lado do companheiro. Segundo as investigações, Rickson Pinto Lucena aplicou o mata leão — que consiste em se posicionar nas costas da vítima e sufocá-la com os braços em volta do pescoço — e levou a vereadora para a sala do imóvel, onde ela foi colocada em “suspensão incompleta”. A vítima ficou pendurada e amarrada por um objeto.
O objetivo de pendurar o corpo de Yanny, segundo Márcio Gutiérrez, era simular um duplo suicídio.
“Ela tinha agressões no rosto, no queixo, marca de violência nos braços, lesões de arrasto, indicando que ela foi puxada por ele. A própria Pefoce [Perícia Forense do Ceará] deixou isso no laudo de que ele empregou muita violência, compatível até com um acidente de veículo”, detalhou Márcio Gutiérrez.
AS INVESTIGAÇÕES
As investigações descartaram a presença de uma terceira pessoa na casa. A polícia afirma que Rickson Pinto desligou as câmeras do interior do imóvel. O aparelho deixou de registrar imagens às 17h31 de 2 de março, um dia antes da morte dos dois.
Yanny era médica, além de vereadora elo PL. Rickson se intitulava como atleta de Vaqueijada, mas não possuía uma ocupação fixa, conforme as investigações. O casal estava junto desde 2020.
Yanny Brena sofreu ferimentos no pescoço, no abdômen e também teve unhas quebradas, indícios de que houve luta corporal antes do assassinato.
Em depoimento à polícia, uma das amigas de Yanny Brena afirmou que. =, Ela já teria expressado que não queria continuar as despesas de Rickson.
A reportagem da TV Verdes Mares Cariri, afiliada da TV Globo, teve acesso ao depoimento de uma das 17 pessoas ouvidas pela polícia para elucidar o caso. A polícia também investigou se Yanny havia tentado terminar o relacionamento com Rickson dias antes das mortes.
O QUE FALOU A AMIGA?
“Yanny relatou que não queria mais ficar pagando as contas de Rickson; que nunca dividia as despesas do casal, ela sempre arcava com tudo”, disse a amiga em depoimento à polícia.
Ainda conforme o depoimento, a conversa sobre os gastos de Yanny no relacionamento teria acontecido com a amiga duas semanas antes das mortes.